terça-feira, 11 de outubro de 2011

JD Samson


O desabafo de quem vive de arte, por JD Samson, 1/3 do Le Tigre. (traducao livre, texto tirado do Huffington Post):

Eu amo meu trabalho, mas ele me empobreceu.




Eu tenho tanta sorte de ser capaz de criar arte e musica e preencher minhas paixoes atraves do meu trabalho por 11 anos. Mas, eu sou suficiente estupida de ter “colocado todos os ovos em um cesto so”. Agora, musica e a unica coisa que eu posso fazer para ganhar dinheiro. Eu tenho 33 anos e nao sei fazer café. Eu nao sei usar Excel, ser garconete, servir em restaurants, e eu estou oficialmente velha demais para entrar para a policia. Eu perdi minha confidencia de voltar pra escola e fico estressada sobre os debitos que me impedem de pensar sobre educacao por apenas um segundo.

Eu tenho varios trabalhos na industria da musica, como: bandas, discotecar, remixar e ainda escrever musica para outros artistas. Eu sou uma workaholic e tenho minhas maos em diferentes espacos. Mas, todos esses trabalhos nao tem uma renda fixa. Eu nao tenho salario; Eu nao sei quanto eu vou ganhar no mes que vem, no proximo ano ou em 5 anos. Eu nao tenho plano de saude. E eu vivo estressada em nao saber, nao planejar e nao entender se eu vou ou nao conseguir alcancar o que eu planejei pra minha vida com uma familia me sentindo segura financeiramente. Quando eu digo “segura” eu quero dizer “segura!”. Eu to falando do basico. Eu falo de plano de saude que e bom para eu cuidar de mim, nao somente se eu precisar de um servico que custe $10.000 dolares ou um procedimento para o resto da vida. Eu falo de dentista. Eu quero dizer, dinheiro para fundos de aposentadoria que eu possa cuidar de mim quando eu tiver com 80 anos. Claramente, ha diferenca entre sobreviver e luxo.
Como varios adolescentes, eu acreditei no Sonho Americano, em que eu poderia mudar para Nova York, vindo do centro-leste e virar uma artista. Eu poderia desenvolver os dois fama e sucesso, e eu nunca iria pensar a respeito de dinheiro. A primeira metade era verdade. Eu fiz arte e vivi ativamente, e eu desenvolvi dezenas de incriveis sucessos que eu me sinto inacreditavelmente orgulhosa. A segunda metade, nem tanto. Eu tenho sindo capaz de viver bem, comer bem, investir nas minhas artes e fazer meu proprio horario, mas eu esqueci de guardar dinheiro e pensar sobre o meu futuro.

Esse verao, eu tentei alugar um apartamento em Williamsburg, Brooklyn. O processo me fez entrar em crise emocional e me acordou para toda uma nova concepcao de nossa economia, da larga industria musical, e mais especificamente, o que siginifica ser uma artista Queer ( termo designado para minorias sexuais que nao se identificam com o discurso e ideologia e estilo de vida de gays, lesbicas, bissexuais e transexuais. Wikipedia).

Eu passei dias procurando por Williamsburg, olhando por precarios apartamentos com baratas enfileiradas pelas portas dos corredores, bairros com brigas, ratos nos tetos, bedbugs que infetam os pisos, subindo 5 andares acima e carpetes mijados por gatos. O aluguel era exorbitante, escassas unidades para aluguel e eu nao fui aprovada por dois diferentes sindicos por que eu sou free-lance. Para ser honesta, eu nao os culpo. Nao somente eu sou free-lance, mas eu sou uma lesbica free-lance. Dupla falta de sorte. Qual a razao de eles nao me aceitarem? Porque e mais facil alugar pra um cara rico, com fundos garantidos, um bancario hetero que quer morar no bairro mais cool do mundo? Porque quando ele viu a lesbica tatuada que faz queer electronic punk music e nao tem certeza quando o proximo salario esta vindo? Sim, eu nao o culpo. Ele quer que se foda os adolescentes que me mandam email todo tempo agradecendo por eu mante-los longe de se suicidar. Nao e parte da pratica capitalista de seus negocios.

Eu estou cercada com pessoas incriveis e talentosas, pessoas que fazem todo o sentido em cada uma dessas palavras. Eles comprarm apartamentos, investem em seus futuros com sucesso, tem filhos, guardam dinheiro. Como eles fazem isso? Como eu posso fazer o mesmo?

Entao, eu me questiono: onde foi que deu errado? E eu so posso deduzir que a resposta e incoerente quando combinada com 3 fatores: 1)Minha familia nao e rica 2) Eu sou uma mulher queer 3) Estou tentando tão desesperadamente acompanhar os meus pares que estou vivendo além dos meus meios.
E como eu sou uma pessoa produtiva, workaholic, processando lesbianismo, eu sou a unica responsavel por mudanca e crescimento no meu futuro. Entao eu considero:

1. Minha familia nunca vai ser rica; Em fato, quanto mais eles envelhecem, mais eles usam o que eles tem, e talvez deixem para mim suas dividas. Agora, nao me interprete mal, eu sou muito sortuda de ter uma familia incrivelmente saudavel e que apoias todos os membros da minha familia. Eu nunca esqueco como sou abencoada de ter um grupo incrivel de pessoas em minha vida. Na verdade, nos sabemos sobre como pode ser frustrante viver com a sua arte e algo que todos nos podemos relacionar a nossa familia. E as nossas próprias lutas de classe pessoais não são insulares mas realmente um assunto de família. Agora eu entendo por que eles me deram apoio, mas sugeriram que eu continuasse tendo outros interesses, aprendendo novas coisas. Meu pai, um escutor de madeira, transformou-se em mineiro de areia e cascalho. Minha mae, que trabalhava com prata, se transformou em professora de arte do ensino fundamental.
2. Eu vou ser sempre a mulher queer que ganha 77 centavos do 1 dolar do homem. E a queer que ganha 23 centavos a menos que um heterosexual. Isso significa que eu ganho 54 centavos do hetero dolar? Uau!
3. Ok, e agora a parte emocional: Eu to tentando manter me como artirstas que tem uma quantidade similar de sucesso que eu tenho, tendo comido caro, comprando jeans caros, gastando com bebida, e tentando ao maximo, dando duro para parecer que eu faco a mesma quantidade de grana que eles fazem. Eu nao sou eles, e por qualquer que seja a razao que eu falei acima, eu nao posso fingir mais. Essa sou eu me revelando, cansada e parando de me sentir mal por mim mesma. Eu queria poder pagar para um encontro com Suze Orman, que e lesbica e talvez me ajudasse a restabelecer minha seguridade financeira.

Eu tenho muita sorte de ter ganho muito da vida e da minha incrivel carreira, mas eu nao estou pronta para me sentir segura. Eu estou pronta para construir meu futuro e economizar, para entao poder ter uma familia, que eu possa curtir fazendo arte e nao tentando criar um produto disso, e entao poder gastar mais tempo estando presente e menos sendo uma workaholic, freneticamente procurando por respostas lucrativas. E se eu precisar, eu estou pronta para arrumar um trabalho, ir trabalhar de manha, receber salario uma vez por semana, ir ao dentista, fazer check-up, sonhando que meu chefe e bom sem ser, e apreciando musica sem estar preocupada em manter me ou nao.
Nos vivemos numa sociedade onde pessoas pensam que sucesso e igual a dinheiro. Eles me veem nas paginas da Vogue. Me veem tocando para uma multidao de adoradores. Eles me veem voando para shows atravessando o mundo. E eu nao estou certa do que as pessoas imaginam, mas eu estou lutando tambem.

Nas ultima semanas, eu vi quantos artistas e musicos estao na mesma situacao que eu, pessoas que sao orgulhosas de seus sucessos, mas se sentem incapazes de continuar, baseados numa tensao financeira. Artistas como Spank Rock, Das Racist, The drums, tem feito letras em seus novos discos sobre lutar financeiramente. Minha banda MEN colocou um disco em fevereiro com letras similares. Eu sei que a economia esta fracassando, mas eu acho que e importante lembrar que esta fracassando para todo mundo. Ate para as pessoas que voce pensa que talvez tenham dinheiro. Entao, aqui vamos. Uma outra razao para nos juntarmos, uma outra razao para ocupar a Wall Street, outra razao para mudancas.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Brasilidade

Quando eu estava no Brasil, costumava procurar saber sobre o que de novo estava tocando no meio independente. O que ja nem era mais tao independente assim, se falava muito de Mombojo, China,Cerebro Eletronico, CidadaO Instigado e os caras ha 3 anos estavam sempre tocando em SP, no entao novo Studio SP.

Continuo lendo os blogs de antes,e achei bem interessante a lista do Marcelo Costa, do blog screamyell.com.br que me trouxe de volta pro esquema quem eh esse, joga no youtube, ouve e hummm, ate que eh bom.

A lista dele das melhores musicas nacionais de 2011 (ate julho) inclui Los Porongas, Romulo Froes, Crioulo, Harmada e Rubinho Troll. Alguns dele ja havia escutado falar, mas outros foram gratas surpresas, como o clipe abaixo do Crioulo:



Acho que vai agradar quem curte o povo que eu citei, achei bem estilo Otto, Mombojo.

Gostei muito do Romulo Froes:



E o "rock amazonico" (adoro esses estereotipos pq a banda eh do Acre) dos Los Porongas, banda que teve o cd de estreia lancado pelo Senhor F (Brasilia), e produzido por Philipe Seabra do Plebe Rude em 2007 e desde entao circula como uma das grandes promessas no cenario.



Sem contar em outros como Emicida, Cabaret, Violins, Tulipa Ruiz, entre outros. Fico pensando como seria um SWU com contexto de Abril pro Rock de Recife, incluindo toda essa producao nacional.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Rasputin



Musica pra cozinhar e sair pulando na casa dancando =)

Reciclagem já!

Olá queridas!
Hoje queria falar de um assunto que pessoalmente tô achando super batido: reciclagem.
Todo mundo fala atualmente de reciclagem e pá e coisa, mas a verdade é..
Como definir se algo foi realmente reciclado ou não. Eu criei uma teoria pra eu mesma definir o que eu considero que foi reciclado e o que não foi!
Por exemplo: artesanato de viagem. Eu sempre achei que isso vira lixo!
Ou então coisas que todo mundo diz que foi reciclado, mas no final das contas... lixo!
Eu sempre a-d-o-r-e-i artesanatos, mas geralmente percebo que a tendência é ir parar no lixo!
Sendo assim, hoje resolvi postar sobre um site, muito pai d'égua que eu tenho visitado.
As vezes, eu acho uma coisa ou outra que não vejo um bom aproveitamento, mas em geral, transformam coisas que iriam pro lixo em coisas bem legais!
Vou postar umas imagens aqui. Tem coisas do tipo "Faça você mesmo" que eu sou bem adepta também, apesar de não praticante, mas pra quem gosta.


Tambor de óleo transformado em cadeira!


Guirlanda de Natal feita com rolhas de vinho!



Porta casaco e bolsas feito de garrafas!


Móbile de pássaros feito de tecidos e jornal!

Fonte: Cacareco
Bom pra quem gosta de reciclagem bem feita.. Fica a dica!

sábado, 9 de julho de 2011

Taken for a fool - The Strokes



Uma das melhores musicas do novo album e eu gostei muito do efeito calendoscopico do clipe. Vale a aprovacao do Nick Valensi no final do clipe *lindo*!

E o o Julian tao brother dos caras?

#todosqueremjulian

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Young the Giant



Mais uma banda californiana, e a voz do vocalista me lembra um pouco a voz do Sting.
E amanha eh sexta!! Caldinho? I wish!! =)